400 a.C.
A idéia de que a matéria é constituída por átomos foi concebida pela
primeira vez há cerca de 2.400 anos pelos filósofos gregos Demócrito e Leucipo.
Demócrito dizia que, se quebrarmos uma amostra de matéria em pedaços
cada vez menores, chegaremos a um ponto em que não será mais possível
dividi-la.
Chegaremos
ao átomo, ou seja, à partícula indivisível
350 a.C.
Ainda na Grécia antiga, surgiu a teoria dos
quatro elementos, que foi apoiada por Aristóteles. Graças a isso, o atomismo de
Demócrito e Leucipo perdeu força e o crédito durante muitos séculos.
Aristóteles tenta integrar os quatro elementos:
"Da terra passamos à água pelo
frio.
Da água passamos ao ar pela via húmida.
Do ar passamos ao fogo pelo calor.
Do fogo passamos à terra pela via seca."
Século XIX
A evolução do modelo atômico contou com a
contribuição de quatro cientistas principais: Dalton, Thomson, Rutherford e
Bohr.
O modelo atômico serve para entendermos o
funcionamento do átomo, suas propriedades e características. Mas, o modelo não
é exatamente igual ao átomo.
Vejamos então os principais modelos
atômicos:
1- Modelo de
Dalton:
O inglês John Dalton revolucionou a Química estabelecendo os conceitos
modernos para átomo e elemento.
Constatou que a matéria é constituída por partículas muito pequenas e
indivisíveis: os átomos.
Átomos do mesmo tipo têm propriedades e massa idênticas, e a junção de átomos
do mesmo tipo forma um elemento químico.
As combinações de átomos formam as substâncias e, nessas combinações
químicas, os átomos não são destruídos nem modificados, o que se altera são as
ligações entre eles.
O átomo seria parecido com uma bola de bilhar, isto é, esférico, maciço e indivisível.
2 - Modelo de
Thomson:
Os cientistas começaram a conhecer melhor a
eletricidade e foram descobertas as cargas elétricas positiva e negativa.
O cientista Joseph Thomson propôs uma teoria
atômica para explicar os fenômenos elétricos.
Thomson modificou o modelo de
Dalton, pois o átomo não seria maciço nem indivisível, e propôs o seguinte:
O átomo é uma
esfera de carga elétrica positiva, não maciça, incrustada de eletrões
(partículas negativas), de modo que sua carga total seja nula.
Esse modelo
foi comparado a um “pudim de passas”
Século XX
3 - Modelo de
Rutherford:
Em 1911, Ernest
Rutherford realizou uma
experiência que levou a um novo modelo do átomo. Ele
bombardeou uma fina lâmina com partículas radioativas alfa.
A experiência mostrou que a maioria das partículas atravessava a lâmina
de ouro e só algumas eram refletidas ou desviadas.
Rutherford concluiu que o átomo é formado por imensos espaços vazios que
permitem a passagem das partículas alfa e por uma região central onde se
concentra a massa do átomo, capaz de refletir ou desviar essas partículas.
Rutherford chamou essa região de núcleo. Nela se concentram as cargas
elétricas positivas. Em torno do núcleo, existe uma região, chamada
eletrosfera, onde ficam as cargas elétricas negativas e pode ser até cem mil
vezes maior que o núcleo.
Assim, o modelo atômico de
Rutherford defendeu o seguinte:
O átomo seria
composto por um núcleo muito pequeno e de carga elétrica positiva, que seria
equilibrado por eletrões (partículas negativas), que giravam à volta do núcleo, numa região periférica
denominada eletrosfera.
4 - Modelo de
Rutherford-Bohr:
Em 1913, o estudo dos espectros
eletromagnéticos dos elementos, pelo físico Niels Böhr,
adicionou algumas
observações ao modelo de Rutherford, por isso, o seu modelo passou a ser
conhecido como modelo atômico de Rutherford-Bohr.
Ele propôs a idéia de que as partículas negativas da eletrosfera giravam
em volta do núcleo em órbitas definidas e que a eletrosfera era composta por camadas.
Esta teoria explica por que os elementos emitem radiações em faixas de
frequência definidas. A partir de então, surgiu o conceito de camadas
energéticas da eletrosfera.
Depois do modelo de Rutherford-Böhr, vários
outros cientistas deram sua contribuição para aperfeiçoar a teoria atômica, até
se chegar ao modelo atômico atual.
5 - Modelo da Nuvem
Electrónica
O modelo atómico tido como o mais correto, com
base nos conhecimentos que hoje temos, é o Modelo da Nuvem Electrónica.
Este
modelo diz que:
a zona central do átomo, a que se dá o nome de núcleo, é
constituida por protões (partículas com carga positiva)
e neutrões (partículas com carga neutra);
à volta do núcleo do átomo giram os electrões;
os electrões não têm órbitas bem definidas, possuem antes
movimentos aleatórios em torno do núcleo do átomo;
na nuvem electrónica, há electrões que se encontram
preferencialmente mais próximos do núcleo e outros que se encontram
preferencialmente mais afastados;
o núcleo é muito pequeno
quando comparado com o tamanho da nuvem electrónica. É possível por isso
concluir que a maior parte do átomo é espaço vazio.
Atualmente, é sabido que os electrões não se movimentam em órbitas
perfeitamente circulares, mas em regiões que podem apresentar uma forma muito
variada, podendo ser até esféricas. A estas regiões onde é possível ou mais
provável encontrar os electrões chamamos orbitais.